Autor de grandes obras, dentre elas "A era dos impérios", A era das revoluções" e seu grande clássico "A era dos extremos". Marxista assumido, o intelectual além de escrever vários livros era crítico do Jazz, escrevendo resenhas para os jornais sobre o gênero musical.
O autor, pesquisador e intelectual vai deixar para a história uma grande contribuição com os seus livros, como disse sua esposa que professores, alunos e pesquisadores irão sentir muito a sua falta. O site g1.globo.com fala um pouco sobre a sua tragetória "Eric John Ernest Hobsbawm nasceu de uma família judia em Alexandria, no Egito, em 9 de junho de 1917.
Seu pai era britânico, descendente de artesãos da Polônia e Rússia, e a família de sua mãe era da classe média austríaca.
Hobsbawn cresceu em Viena, capital da Áustria, e em Berlim, capital da Alemanha.
Ele aderiu ao Partido Comunista aos 14 anos, após a morte precoce de seus pais. Na ocasião, ele foi morar com seu tio.
Na escola, ele informou o diretor que ele era comunista e argumentou que o país precisava de uma revolução.
"Ele me fez umas perguntas e disse: 'Você claramente não faz ideia do que está falando. Faça o favor de ir à biblioteca e veja o que consegue descobrir'", disse em uma entrevista à BBC em 2012. "E então eu descobri o Manifesto Comunista [de Karl Marx] e foi isso", relatou, indicando o começo de sua formação marxista.
Em 1933, quando Hitler começava a subir no poder na Alemanha, Hobsbawm foi para Londres, na Inglaterra, onde obteve cidadania britânica.
O historiador se filiou ao Partido Comunista da Inglaterra em 1936 e continuou membro da legenda mesmo após o ataque das forças soviéticas à Hungria em 1956 e as reformas liberais de Praga em 1968, embora tenha criticado os dois eventos. O ex-líder do partido Neil Kinnock chegou a chamar Hobsbawm de "meu marxista predileto".
Anos depois, ele disse que "nunca havia tentado diminuir as coisas terríveis que haviam acontecido na Rússia", mas que acreditava que, no início do projeto comunista, um novo mundo estava nascendo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Hobsbawm foi alocado a uma unidade de engenharia em que foi apresentada a ele, pela primeira vez, a classe proletária.
"Eu não sabia muito sobre a classe proletária britânica, apesar de ser comunista. Mas, vivendo e trabalhando com eles, pensei que eram boas pessoas", disse à BBC em 1995.
O historiador aprovou neles a "solidariedade, e um sentimento muito forte de classe, um sentimento de pertencer junto, de não querer que ninguém os derrubasse".
Hobsbawm afirmou que ele tinha vivido "no século mais extraordinário e terrível da história humana".
Ele veio ao Brasil em 2003 participar da primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), evento do qual foi estrela."
Fonte de pesquisa: Http://www.g1.globo.com